quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

IPI de carro nacional só deverá ser reduzido em 2013, segundo Mantega

Ministério negou que tributo possa ser reduzido no próximo ano. 
Regime automotivo vai buscar dar mais competitividade ao setor.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (14), por meio de sua assessoria de imprensa, que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre os carros nacionais não será reduzido em 2012. De acordo com o ministério, a redução deverá ocorrer apenas em 2013.
Reportagem publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” desta quarta afirmou que o governo de Dilma Rousseff estaria estudando a redução do IPI de carros nacionais para as montadoras que cumprissem diversas etapas da produção no Brasil.No futuro, mediante programa de investimento em tecnologia, o governo irá constituir um regime automotivo e reduzir o IPI para dar mais competitividade para o setor, apontou o ministério.
IPI para importados começa na sexta
Em setembro, a Fazenda anunciou aumento no IPI para carros importados de fora de Argentina, Uruguai e México. Os veículos nacionais ficam de fora do aumento desde que sigam algumas regras, como ter 65% de peças nacionais. A alta entraria em vigor no dia 16 de setembro, mas o Supremo Tribunal Federal adiou a medida para 16 de dezembro.

Alta do IPI garantiu investimentos em produção no Brasil, diz Mantega


Empresas que antes exportavam agora estão produzindo nacionalmente.
Ministro diz que governo vai vigiar preço dos carros nacionais.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (23) que a decisão do governo de aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre carros importados foi bem sucedida porque as empresas que antes apenas exportavam para o país agora estão investindo para produzir no Brasil.
De acordo com Mantega, além de garantir para o Brasil investimentos que poderiam ser feitos em outros país, o aumento do IPI também garantiu empregos e evitou a “deterioração” da indústria automobilística nacional.
“Não poderíamos deixar que a nossa indústria automobilística se deteriorasse”, disse o ministro, durante audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. “Não poderíamos permitir que o aumento da demanda por carros no país fosse ocupado por veículos importados.”
Mantega afirmou que a previsão do governo é de aumento nos investimentos na produção de carros no Brasil, que devem chegar a US$ 21 bilhões entre 2011 e 2015. Entre 2007 e 2010, de informou ele, os investimentos somaram US$ 11,8 bilhões.

O ministro disse que o governo vai monitorar os preços praticados pelas montadoras instaladas no país. Segundo ele, caso haja aumento no valor dos carros nacionais, poderá ser revista a decisão de aumentar o IPI sobre os veículos importados.
“As montadoras firmaram com a gente o compromisso de manter o preço dos carros baixo. O governo estará vigilante e, se houver aumento, as coisas podem mudar”, disse ele, se referindo ao aumento do IPI para os importados.
Efeito IPI' causa queda de 41,2% na venda de carro importado, diz Abeiva

Apesar de aumento ter sido adiado, ele chegou a refletir no balanço.

Em outubro, foram emplacados 13.264 veículos importados.


A percepção do mercado sobre o aumento do Imposto para Produtos Industrializados (IPI) dos carros importados afetou as vendas em outubro, segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva). Apesar de o reajuste do imposto ter sido adiado para dezembro, ele chegou a vigorar por pouco mais de um mês, a partir de 16 de setembro, e algumas importadoras aumentaram preços por conta disso.O aumento do IPI engloba todos os modelos produzidos fora do Brasil, Argentina, Uruguai e México. A Abeiva, que reúne as marcas que não possuem fábrica no Brasil, acredita que, até 15 de dezembro, quando o aumento do IPI entrará em vigor, haverá um movimento de antecipação das vendas por parte dos clientes, mas não como o visto em setembro, quando a comercialização ainda cresceu.Na comparação entre setembro e outubro, as vendas caíram 41,2%. Ao todo, 13.364 unidades foram emplacadas no mês passado contra 22.569 no anterior. "O consumidor está bastante desorientado, porque foram muitas notícias, inclusive a do adiamento do reajuste", afirma o vice-presidente da Abeiva e presidente da Audi do Brasil, Paulo Sergio Kakinof. A suspensão do aumento do IPI foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 20, para que a medida do governo federal cumpra o prazo de 90 dias, a partir de sua publicação, para entrar em vigor.
"Não sabemos qual será a intensidade deste movimento, mas isto não significa que o volume será tão alto quanto o pico de setembro", avalia Kakinof. "Setembro foi forte porque foi quando houve o anúncio e as pessoas anteciparam as compras."
Segundo o representante da entidade, esse movimento dificulta, inclusive, fazer projeções para 2012. "Cada marca negocia com sua matriz, no momento, qual será a estratégia de preço", diz Kakinof. A associação projeta fechar 2011 com 200 mil unidades vendidas.
Vendas crescem sobre 2010
Apesar do vaivém do IPI, as importadoras ainda vivem um bom momento no país. Tanto é que, na comparação com outubro de 2010, quando foram emplacados 10.562 veículos, o crescimento do último mês foi de 25,6%, com 13.264 unidades.
No acumulado de janeiro a outubro, a expansão é de 98,3% sobre o mesmo período de 2010, com 165.114 unidades vendidas. O volume representa 5,92% do mercado brasileiro de veículos. "Essa participação não é nada, IPI não pode virar barreira alfandegária", diz o presidente da Abeiva e presidente da Kia do Brasil, José Luiz Gandini. "O problema é que nossos preços, mesmo com a alíquota de importação de 35%, eram competitivos e as montadoras locais foram obrigadas a baixar os preços delas."
A Abeiva desmentiu um boato de que o aumento do IPI seria adiado para 2016 e também diz que não foi informada sobre como serão os acordos com as marcas que anunciaram fábrica no país, como as chinesas Chery e JAC Motors. No entanto, a associação apresentará um estudo para o governo na tentativa de mudar a decisão. "Quem mais importa no Brasil são as próprias montadoras", destaca Gandini.
Dinheiro de volta
Quem chegou a pagar a o IPI com o reajuste terá o dinheiro de volta, diz a Abeiva. De acordo com o presidente, como a decisão do adiamento foi logo após a medida entrar em vigor, a maioria do imposto recolhido nas vendas não chegou a ser repassada para o governo, por isso, as concessionárias das associadas já devolveram o dinheiro aos consumidores.
Segundo Gandini, apenas o imposto de cerca de 70 carros depende da restituição do governo. "Cada marca já falou com o seus clientes.", afirma.
A Abeiva é formada por Aston Martin, Audi, Bentley, BMW, Changan, Chery, Chrysler, Dodge, Effa Changhe, Effa Hafei, Ferrari, Hafei Motor, Haima, Jac Motors, Jaguar, Jeep, Jinbei Automobile, Kia Motors, Lamborghini, Land Rover, Lifan, Maserati, Mini, Porsche, SsangYong, Suzuki e Volvo.
fonte:http://g1.globo.com

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